Diário de Bordo VII - Estações de esqui

Olá, pessoal!

Previsão do tempo razoável, fomos ao Cerro Catedral, onde ficam as estações de esqui de Bariloche. Subimos por 45 minutos em três teleféricos com um vento gelado... quase tive vontade de voltar sem por os pés por lá, mas tomei coragem e desci. Algo como uma sensação térmica de 0°C (ZERO) e tratamos de entrar logo na lanchonete (confiteria) para nos vestir melhor - vivendo e aprendendo de novo - desta vez as mochilas estavam cheias com gorro, luvas, cachecol... um chocolate com conhaque depois, já estávamos prontos para caminhar na montanha. Caminhadinha "básica" e proveitosa, pois o tempo melhorou quando estávamos na parte alta, embora ainda fizesse bastante frio.



Se eu soubesse mesmo escrever, acho que desta vez seria uma crônica sobre o serviço de transporte rodoviário... Quando descemos do Cerro Catedral fomos tomar outro chocolate porque ninguém aqui é de ferro, mas isto impediu que víssemos a fila no ponto do ônibus (que passa de hora em hora). Quando chegamos ao ponto, já estava grande. Quando o ônibus chegou, estava gigantesca e fomos todos entrando - nativos, turistas, mochilas, barracas, sacos de dormir, mochileiros... todos mesmo, inclusive os que chegaram depois enquanto o motorista lutava para receber o dinheiro e comprimir todo mundo lá dentro (não há roleta e nem trocador por aqui. O motorista conduz, recebe o dinheiro, dá informação e algumas vezes até dirige...). Apostei com o Álvaro que depois que o primeiro vomitasse o motorista impediria que alguém mais entrasse, mas não foi preciso: ele dispensou um único mochileiro retardatário quando ainda tinha UM degrau livre na escada da parte traseira. Depois entendemos: o lugar estava reservado para dois trabalhadores que aguardavam na estrada. Dei razão ao motorista.

Embora eu tenha incentivado a conhecer a região dos lagos assim que pudessem, agora posso dar meus palpites com mais propriedade. A região é mesmo linda, tanto do lado chileno, quanto do lado argentino. Vimos por aqui muitos casais com crianças bem pequenas e fiquei pensando no "perrengue" de se deslocar nestas condições. Por outro lado, as crianças um pouco maiores parecem se divertir bastante... ah, somos voluntários para voltar e experimentar os esquis ou quem sabe no outono, que nos disseram ser muito bonito também!

Nossa nova amiga chilena, Bárbara, informou o nome dos sanguinários insetos de Peulla: tábanos ou coliguachos - mas eu ainda prefiro um tratamento mais formal: mosquitos do diabo !

O Álvaro estava justamente expondo a ideia de montar uma barraquinha para a venda daquelas raquetes elétricas para torrar os mosquitões, quando uma senhora que nem parecia brasileira (a gente tem mesmo que tomar cuidado com o quê e onde diz), declarou em alto e bom som: "Meu filho! Se você montar um negócio destes, ficará milionário! Sou a primeira da fila!" No final das contas ele desistiu do negócio achando que o choque seria apenas mais um estimulante para os ditos. Diz que para matar só um choque de 220V...

Não se preocupem! O pior que passamos por aqui foi mesmo o "esquecimento" do guia em Peulla, mas pensando bem quem deve ter passado mal foi ele:)) Ouviu poucas e boas e deve estar com trauma de brasileiros! No mais, não passaremos pela região que está com problemas no Chile. Estaremos a mais de 1000Km de lá.


beijos a todos,

Virgínia


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Esse relato é de Virgínia Gomes, ela e seu marido Álvaro Lassance estão na Região de Los Lagos no Chile, curtindo merecidas férias.

E como a Virgínia sempre escreve seu Diário de Bordo para compartilhar com os amigos, aqui estou eu compartilhando com meus amigos no Blog Para Rascunhar. 

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